jueves, 22 de octubre de 2009

Exílio Fúnebre

Venha por mim que tão só agonizo
Veja o que resta de minh’alma exilada
Já não existe o pranto nem riso
Em funesta vida tão logo extirpada

Reze por mim que não vejo seu Deus
Nem espero no fim extrema unção
Quem me traz vil mortalha é legião
Buscando alma sórdida do poeta ateu

Chore por mim que estou sepultado
Mas não viva em mórbido tormento
Sofra a desgraça apenas um momento

Morra por mim e apodreça a meu lado
E o lóbrego lamento estará no pasado
Juntos por fim no esquecimento

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