jueves, 22 de octubre de 2009

Poeta Maldito

Por que partiu o poeta sem destino?
Se a cada passo um novo tormento?
No caminho dos mortos não há esquecimento
Por que segues caminho infindo?

“Já não vejo outro caminho!
Entre cristal e ouro branco
Vem o cálice de vinho…”

“Vejo sombras da noite
Que me vigiam desde afora
Vejo um anjo triste
Que de tão triste não chora
Só senti comigo a dor
Das feridas de outrora”

Por que partiu o poeta maldito
Buscando cova mais distande
Pra escrever um ultimo verso aflito
Por uma vida vil tão errante?

“Já não vejo a poesia
Que me escrevia a depressão
Palavras tão vazias
Que sangrei quase em vão”

“Já não vejo a beleza sombria
Que a dor triste revelou
Nem sinto a face inerte e fria
De quem em vida me amou”

Por que é o poeta tão mórbido?
“a hora fúnebre se aproxima enfim”

Quem levarás a sepulcro sórdido?
“Já não há quem chore por mim”

Onde morreu o poeta solitario
Que tanto sangue derramou pelo chão?
“Encontrei meu manto mortuário
Tã perto de um vulcão”


Por que ao poeta mais cruel calvario?
Por que sofres cada vil momento?

“É tão funesto fadário
Mas já em meu mortiço alento
Depois de viver sepultado
Sepulto aqui meus sentimentos”

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