jueves, 22 de octubre de 2009

Poeta Satírio

Arraste-te, poeta, à tua cova
Não vês que é só teu este caminho
Eles não te levarão de tua alcova
Irás à teu sepulcro sozinho

E pelas ruas da urbe maldita
Resta-te os últimos versos escritos
E vãs folhas tão logo apodrecidas
Na mesma terra de teu corpo apodrecido

E sepulta-te, poeta, entre estes lírios
Flores tão mortas quão tua poesía
Quão tua vida em angustia e martírio

E finda-te sob tua lousa fria
Aqui te finda a poesia sombria
Aquí jaz o Poeta Satírio

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